Lanzoner Navegante de Outono
sexta-feira, 17 de março de 2017
APENAS UM AMOR DE VERDADE
Perto de você jamais fui dono do meu coração. Sempre te quis muito além dos meus anseios e assim fui te querendo por inteiro, nesse nosso anuir terno de carícias loucas, sem medidas e desprovidas de pudores, onde quem mandava em nós era só nossa emoção que de tudo seguíamos alheios. Sempre foram só nossos esses abençoados prazeres e nada devemos à olhares de julgadores sem freios. Iremos até além do improvável para poder desfrutar de momentos únicos de querer, nessa nossa embriaguez de amor que não há como conter e que assim aos nossos corações é tão saudável. São assim esses nossos jovens ímpetos desses nossos ardentes desejos onde pecados não podem caber, nessa nossa entrega da vida à felicidade. Te quero bem além das mensuráveis ousadias, sem falsas medidas a marcar como relógios nosso tempo de viver bem aventurados dias. Desse amor incontido sempre surge inquieta nossa urgência, seja aqui onde estou ou onde você não sei. Estreita qualquer distância esse amor que sempre nos encontra e já anda a lua tonta de tanto observar esse namoro. E na madrugada dos meus sonhos ela ainda faz coro dos beijos que ali te dei. Em vão tento inutilmente disfarçar meus impulsos quando aqui venho. Mas sei que sou apenas uma arrebatadora e louca vontade de ti que tenho. Sei que somos tão insignificantes e pequenos, pois sempre queremos o poder que não temos. Não nos puseram cordas ou colocaram arreios nem freios, somos tal como cavalos selvagens sempre querendo pastar nas verdejantes pastagens da liberdade em campos do alheio. Mas todos os momentos são nossos, se fielmente assim quisermos, não se esconde o que só nós vemos. Bebo nessa tua boca um beijo na vida, provando do amor um licor de doces apelos. Jamais faltou-me rebeldia e liberdade não vai faltar. Todo amor e carinhos contidos em ardentes beijos sempre recebi, jamais precisei roubar. Porque frear ousadias se não queremos ter em nossas almas nada que as façam vazias. Se momentos oportunos surgirem, firmemente creio, que sempre devemos ousar. Pois passa o tempo e nós passamos, o trem desse momento passa e nunca mais há de voltar. Que vivamos bem esse nosso tempo, pois de tudo que na vida existe não se pode abdicar. O mais difícil não é a saudade e sim a tristeza de longo tempo passado um dia se lamentar. Aquilo que não ousamos, a covardia vai nos tomar. Um raro momento de alegria onde a felicidade pode morar. E o que nos machucará mais no peito é saber que deixamos esses doces momentos impunemente por nós passar. Não lamento pelo que penso, muito menos pelo que passo, quando quis sempre alcancei. Porque sempre fiz o que quis e quando quero eu faço. Então porque esperar, se eu te quero e você me quer sejamos só nós dois nesse beijo de amor neste longo e inefável abraço!
Lanzoner Navegante de Outono
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