segunda-feira, 27 de março de 2017

MEMÓRIAS

Toma meus sentimentos uma repentina nostalgia, ponho uma música a tocar e inspirado em tua essência começo a pensar em uma outra história pra nós cheia de magia, mas só ouso descrever apenas sobre um tempo em que  somente nós havia. Sobrepujávamos debochadamente o tempo, éramos leves e rebeldes e nosso amor embora transbordasse, nenhuma gota de nós se perdia. Do nosso tempo éramos únicos donos e eu sempre te dizia: deixa passar tantas quantas forem essas coloridas folhas soltas ao léu nesses ventos leves e mornos desses outonos, a gente sempre será aquilo que sempre fomos. Deitávamos nossos corpos em nossas verdades e nos entregávamos a vida na mais silenciosa troca de olhares e beijos no mais completo abandono. Sempre quis acreditar que tudo que se fez em mim se fez em você primeiro, mas ninguém poderá mudar o fato de eu ter te amado assim tão de repente vítima desse teu olhar certeiro. Pois foi na primeira troca de olhares, que me senti preso a meiguice desses olhos e de repente me vi te amando e loucamente apaixonado pelo seu jeito tão singelo, simples e brejeiro. Que pena que no trem de sua vida fui apenas mais um mero porém contumaz passageiro. 
Lanzoner Navegante de Outono




Nenhum comentário:

Postar um comentário