Em uma noite qualquer, em uma hora que de qualquer tempo apenas um instante houver, nos devaneios que seja de quem for ou mesmo e a quem já pertença aquela mulher, que esteja onde estiver e que já não recorde meu aspecto ou meu nome sequer. Dedico então desde já minha futura e definitiva falência à ela e aqueles amigos que em algum momento em tempo qualquer, por motivos que lhes aprouver, notarem minha ausência. E assim recebam pois agora jaz de mim a parte melhor que tenha restado desta minha sutil e passageira essência. Vida que passa veloz como o vento, vida de tantos contidos sentimentos de amor loucos e das palavras que insistente disse a esses agora já perdoados ouvidos propositadamente moucos, que já não importarão se foram muitos ou poucos. A mim sempre bastou apenas aquilo que pela inspiração me foi ditado. Foram palavras de amor apenas para tê-las assim bem entendidas, sentidas e tendo a certeza de que novos campos de luz foram semeados. Para que germinadas plantas tantas longes das pragas dos pecados, sejam depois nas frutas mais doces e maduras, tudo que pode haver no amor de almas puras de jovens casais de namorados.
Lanzoner Navegante de Outono
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