Conheci uma guria que encheu meu coração, mas um dia levou minha alegria e matou-me a inspiração. Já não consigo juntar rimas, acho que meus versos ela também levou. Como pôde fazer isto com aquele que tanto a amou. Quem muito ama, de seus amores não esquece. Hoje ela é a esperança que vai num trem de partida, deixando em uma estação sem guarida, uma saudade doida e uma lembrança tão bem sentida que dificilmente esvanece. Mas para quem sempre fez do amor sua vida, é sabedor que o amor que corta e fere rente é o mesmo que cura a ferida e segue em frente. Vai guria malvada, vai viver sua vida. Que lhe ampare os passos o grande pai e nunca te deixe perdida, que jamais te prenda o amor, pois amor é livre como uma doce canção. És ave de arribação, seja então feliz com esta parte que levas de meu coração. Pois amor só o tem de verdade aquele que por tanto o sentir e tanto o merecer, jamais deve carregar lamentação.
Lanzoner Navegante de Outono
Nenhum comentário:
Postar um comentário