Lanzoner Navegante de Outono
segunda-feira, 20 de março de 2017
CHUVA, VENHA ENFIM
Venha chuva, mande toda essa água bendita sobre mim. Hoje não vou correr de ti, ela escorrerá fria ou morna sobre meu corpo e carregará com certeza tudo que ainda houver de ruim em mim. Ah encantada chuva que faz a água correr e ainda impulsiona meu barquinho de papel. Adorava observá-la caindo alegremente do céu. Jogava bola no gramado encharcado mergulhava no lago, saia ensopado, como eram felizes as crianças do passado. Já tinham o que amar, admiravam as nuvens do céu, namoravam a lua, contavam estrelas sem fim, ainda são tão nítidas essas imagens em mim. Chove chuva, chover não é ruim, ela deixa madura a fruta que como e ajuda a dar cores a todas as flores do meu jardim. Enchem os rios e ajudam aos peixes na piracema e enfim. Deus é perfeito e tudo fez para que ficasse assim bem feito. Infelizmente a imprudência dos homens tudo muda e faz o bom ser ruim. Apenas lamento por quem jamais soube o gosto de um beijo da mulher amada na chuva, não viveu direito enfim. Chuva não deixa que tuas águas levem nem o amor tampouco as mágoas que já viveram em mim.
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