Os doces sonhos que antigamente tinha, hoje pouco durmo para não tê-los. O que antes era amor em fantasias, hoje é a morte em terríveis pesadelos. Eu era do trem dos mais lindos sonhos o mais assíduo e feliz passageiro, mas ao passar pelo túnel do tempo, esse se incumbiu de mudar-me o roteiro. Na fila de receber e de retribuir do amor sempre fui oriundo, jamais fui estrangeiro. Mas com o passar do tempo aprendi no livro inteiro, que nem sempre receberá mais carinho e amor, aquele que se gaba hoje, de haver sido o primeiro. Pois o amor só se dá como completo se na retribuição de carinhos e afeto, houve igual partilha em inesquecíveis carícias onde não houve dominador ou dono. Nada há de amor em apenas atos físicos e posterior abandono. O amor real até quando acaba deixa saudades e é o grande motivador dos mais doces sonhos.
Lanzoner Navegante de Outono
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