quinta-feira, 30 de março de 2017

NADA A LAMENTAR

Não, não lamento nada, pelo fardo que a vida debitar-me em suas entregas. No amor só devem existir sentimentos comuns e não necessariamente regras. Você passou, eu passei e ainda me lembro do último beijo que te dei em um momento feliz de mútua entrega. Que eu jamais me perca agora nos descaminhos que me ofereceu minha solitária musa que se fez perdida em sentimentos confusa, mas que ainda enfeitiçam e enlouquecem a pouca razão que em minha mente habita e que do meu coração usa e abusa. Mas hoje já me sirvo mais dos irônicos sorrisos de negação fingidos, do que dos sim que já não faziam mais qualquer diferença ou sentido! Embora ainda me doa o sentimento de perda, não condeno ninguém ou nada, pois sei que muitas pedras já ultrapassei nessa minha longa jornada, pois tudo foi aprendizado e acho que ainda  falta muito para ter minha vida diplomada. Atiro hoje ao léu todas minhas mágoas e para recomeçar ao anoitecer lanço um eterno namorar desse luar, que sempre deixa um novo reflexo na imensidão do oceano, que teimosamente insiste em movimentar suas águas, tentando deixar nas areias das praias todas as tristezas nele arremessadas.
Lanzoner Navegante de Outono




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