quinta-feira, 23 de março de 2017

ENGANANDO A SOLIDÃO

Já quase se vai dezembro e da primavera que não entendo eu jasmim, jamais me rendo. Então ao som dos insistentes pingos dessa chuva que aqui me prende, vejo a solidão que assola os caminhos mansos do meu pensamento. Ela me lembra que alguém também pode estar presa a mim por sólido encantamento. Escapo montado em nuvens brancas de pó, de estrelas espalhada no céu pelo meu alado alazão. Vou juntar os meus ais aos dela e riremos então do tempo, vendo-o passar tão doce e manso como nossos corações pelas frestas da janela. Ofertando meu mais bem planejado beijo, faço espalhar-se o cinza do céu e pinto com meus tons de azul, um novo céu de liberdade nessa aquarela que só eu vejo. Pois ela só estará presa para sempre nos pensamentos meus  até o fim e então com ela em meus braços, deixo-me  para sempre domiciliado nos pensamentos dela, tendo certeza de que nosso amor já foi abençoado por Deus! E tudo que for meu será também dela
Lanzoner Navegante de Outono



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