domingo, 19 de março de 2017

CAMINHANDO ENTRE AS FLORES

Vou caminhando em círculos, dando voltas nos pensamentos que me invadem nestes dias de inverno sem fim, por momentos me alegro ao ver que ao menos as rosas ainda sorriem pra mim e como florescem lindas nesse meu humilde jardim. Diga-me Senhor, o que queres enfim? Não sou padre, pastor, rabino e nenhum outro afim, sabes ser eu apenas um louco sonhador, pecador que não prega mentiras e tampouco recebo dinheiro por cuidar das flores que amo assim por inteiro. Seus espinhos não me ferem pois confiam em mim e nestas mãos que jamais roubaram ou mataram, apenas plantaram colheram e amaram. Elas sabem que se forem cortadas e feitas em ramalhetes, serão estes os seus amargos fins. Serei  apenas eu a defendê-las das mãos de jardineiros daninhos, que lhes fazendo juras de amor em promessas de novos caminhos, as levam e as escravizam plantando-as em terrenos ruins. Flor cortada é flor morta e embora encante, em pouco tempo murcha e servirá de alimento em um formigueiro qualquer, ou será entregue como prova de amor a um alguém qualquer, que a atirará em um vaso com água como se ela raízes tivesse para sua vida continuar! Vem chegando enfim a primavera e embora sendo eu outono entre tuas cores vou mergulhar, estarei espalhando sementes do meu amor,  para que rapidamente possas esse teu encantamento espalhar! Fazendo doces meus dias, deixando-me assim encantado, para que em palavras de amor e ternura, possas devolver a doçura que antes havia nesse mundo que desaprendeu que devemos somente amar.
Lanzoner Navegante de Outono




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