terça-feira, 21 de março de 2017

DE AMOR ENLOUQUECIDO

Porque esse insistente dejavú em meus sonhos. Apenas nós, caminhando em uma trilha estreita, com  arbustos em flor a espreita, estrada perfeita sem curvas nem contornos. Chegamos enfim onde a praia o sol e o mar nos recebiam com espumas a nos brindar como uma gigante taça de champanhe. Nada haveria de acontecer que nesse momento mágico uma gota sequer desse mel o vento pela areia fizesse qualquer derrame. Que delícia de sonho, deito com os pés ao mar e deitas esse delgado rosto em meu peito no mais completo e total abandono. Nossos momentos eram o mais próximo do paraíso, era entrega total, era um só corpo, era perfeito, era total de amor sem juízo e sem dono. Mas todos seus caminhos eram longos, mas em nenhum de fato te achavas, sempre em algum se perdia e eu sempre em algum lugar a encontrava. Eu a sentia, eu a amava. Você era o fogo do verão e eu o outono que com suas leves brisas a refrescava e, era só em mim e você que de fato nosso amor se harmonizava. Sorvia como a mais pura água as palavras de amor que lhe dedicava. Se num mau momento  então em meio as lágrimas de repente me via, o seu choro cessava. Eu sempre soube que o passado a machucou e ainda a machucava. A todo instante eu pensava em você e em mim você pensava. Bastava um olhar e nossas bocas se uniam e nossos corpos conversavam, até o sol e a lua em conluio nos acompanhavam. Nosso amor era uma pintura e jamais imaginei que um dia fosse acabar. Ainda penso muito em você e sei que em mim deves pensar. Hoje não quero ter sono, mas se eu dormir, aproxima-te mulher de outono, sabes o muito que me pertencestes embora jamais tivesses dono. Então hoje só queria saber se ainda vivo em tua mente ou se navego em seu sonho.
Lanzoner Navegante de Outono




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