segunda-feira, 27 de março de 2017

LAGRIMAS DE PRINCESA

Moça, porque esta lágrima vem assim em ti sem nenhum aviso, ocupar o lugar talvez de um meigo sorriso, assim de covinhas lindas, capazes de me fazer perder o siso? Porque não te aproximas mais meu querido amigo vento, empurra-me o corpo que já anda se movendo lento? Porque Senhor Sol que tanta luz já me deu, nessa tarde fria de inverno teimoso não apareceu? Porque meu coração de sentimentos tantos, hoje já pouco me aquece? Será que esqueceu do amor os caminhos? Caminhos que a mente não esquece. Senhor do Tempo, deixa-me libertar da princesa na torre, seus reais desenganos e descobrir porque esta teimosa lágrima teima em cair assim sem motivos e planos. Será talvez que tens objetivos de causar-me assim menos danos. Ou talvez ache que assim fará maior os montes do sal, que já habita  neste velho peito de tantas mágoas navegadas em bravios oceanos. Que antes como ondas outras em belos rostos de mulheres de marés de outrora, insiste em debater-se em minhas rochas agora? Aquela verdade em mulher que jaz em minha vida mesmo levando em conta a sua rara beleza, para mim teu nome sempre será a tristeza, que quis fazer em mim sua infiel residência. Te digo não seja insensata, tua beleza nunca te fez menos ingrata. O teu tempo já passou antecedendo em mim tua ausência. Só você não percebia o amor que lhe oferecia a vida na minha suave presença! Se vens agora saber a verdade, saiba que acabou em mim o teu prazo de validade. Hoje já não me importam belezas  da vida o que quero é  apenas franqueza aliada fiel da minha realidade! Acorda guardião da torre do mau reinado que te conduz, liberta já essa princesa te ordeno em nome do reinado do verdadeiro senhor da cruz.
Lanzoner  Navegante de Outono



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