domingo, 26 de março de 2017

ESSA LEMBRANÇA PRESA EM MIM

Essa lembrança que em meu peito fez sua habitual morada, vive meu dia, minha noite e até essa minha silenciosa e insone madrugada , até o velho relógio preso a parede gira rápido levando meu tempo e a gritar incessante essa paixão que sempre em mim vive tiquetaqueando seu adorado nome. Não me foge da memória sequer um minuto dessa nossa já tão distante história e o tempo sempre tem muita fome, engole nossas lembranças e deixa sempre uma lacuna que nos consome. Hoje acho que até a minha alma já não pertence a mim, aliás acho que tudo em mim pertence ainda a você, pois nessa longa jornada da vida foi você a minha melhor paisagem e do mais belo quadro a minha maior glória. Já sequer digo seu nome para não mais penar, pois passado tanto aprendi que quem de fato ama, tem saudades até das poucas horas que ficamos sem desse amor provar. E é uma alegria imensa a recompensa que existe em qualquer reencontro, Tudo parece um recomeço na felicidade, nessa loucura que o amor faz. Amor que judia, maltrata, toma todos os nossos sentidos e nos domina. Mas quando juntos é a última gota a fazer a dose certa do cálice da bebida dos deuses é o néctar da vida que renasce e reanima. Mas se foi apenas paixão, foi um copo comum que transbordou da emoção, nome que também cabe e ficará guardado em nossa memória, assim como o relógio há de marcar nosso tempo até o fim em nosso coração.
Lanzoner Navegante de Outono





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