sábado, 18 de março de 2017

AS LONGAS PERNAS DA LEMBRANÇA

Do alto daquele  morro  na Praia dos sonhos a beira-mar, olhamos para o horizonte e vimos lentamente o sol brincar de se esconder. Beijo então demoradamente sua boca, como se quisesse ficar assim até a lua aparecer. Manifestava-se ali dos motivos da vida o principal, posto que não se sabia se este beijo seria de início ou de final. Tanto queria me perder de ti doce lembrança, mas assim como a verdade um grande amor vivido tem pernas longas, você freqüentou meu coração e minha alma e invariavelmente atravessas as alamedas do tempo e minha sempre sóbria memória ainda alcança. A brisa do mar foi a culpada de fazer o teu perfume se prender em minha madrugada como doce lembrança. Foram breves dias de namoro de doces beijos da morena de corpo esguio e boca pequena que tinha o sabor e cheirava a canela. Embora durasse apenas uma semana, hoje depois de tanto tempo ainda sinto à boca o doce gosto dela! Para quem sempre ama o coração é sempre uma grande porta. Assim como todo amor quando termina é uma faca que lhe corta, quando vê um amor partir como brisa atravessando sentimentos insuflando do barco do navegador sua principal vela. Afastando-se suavemente se perdendo na imensidão oceânica saindo de tua vida e do seu tempo pela janela!
Lanzoner Navegante de Outono




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