Hoje vendo de perto o valor que há da madrugada à quietude, saudosamente me vem a lembrança o doce frescor da juventude. A timidez aliada a pureza dos olhos brilhantes, faces formosas das bronzeadas morenas, branquinhas rosadas e loiras douradas. Traço virginal da doce ternura jovial, aliada a incerteza natural do amor, dos tremores de amores de doces sabores. Era de todo agrado os segredos não revelados, de uma conquista ou de um beijo escondido e roubado. A breve distância que a todo momento machucava, pois era tão grande o sentir dessa vida apaixonada. Era um querer sem querer e sem saber porque. Era uma alegria de sorrisos largos frutos de encantamentos naturais. Era um tempo em que todos assim como flores, diferentes aromas exalavam e quaisquer motivos de ausência nos marcavam nesses momentos casuais. Era divinal a maciez do toque, o sangue quente ou quase fervente a percorrerem velozes nossas veias. Era o medo de errar na vontade exagerada de sempre sonhar mais ou a necessidade de se provar quem era dos dotes de amor o mais capaz. Hoje apenas peço ao vento que um dia soprou o frescor da juventude em nós naqueles fortuitos verões, que permaneçam pra sempre em nossos corações. Pois quem um dia amou desse jeito de verdade, sempre guardará dentro do peito uma agradável saudade. Antonio Carlos dos Santos Lanzoner Navegante de Outono
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