sexta-feira, 17 de março de 2017

A RIQUEZA DOS MEUS POBRES TEMPOS 

Hoje quero embrenhar-me em meu insólito passado de agruras sem mesuras, da pobreza sem retoques, da casa sem reboques, a vergonha do suspensórios surrados presos as minhas calças curtas, motivo de chacotas. Das calças sempre remendadas nos tombos aos quais minha infância traquinas me submeteu. pelas alparcatas e pela ausência de botas que a vida naqueles tempos não me deu. Nada para mim eram percalços, bastava-me a vida em meus calejados pés descalços. Deu-me Deus a saúde e a vontade de ser criança de verdade. Poder correr pelos campos portando nos bolsos apenas duas das de minhas maiores riquezas, a inocente pureza e minha doce liberdade. Como falta isso hoje as crianças! Novos  tempos, Que Maldade? 
Lanzoner Navegante de Outono




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