sábado, 18 de março de 2017

AMOR DE QUALQUER TEMPO OU TEMPESTADE

Já há muito deixei a esperança na saudade do solerte soldado, que passou o tempo batendo continências  e no front da intolerância, teimosamente unia calcanhares em busca de bem afortunados olhares. Agora parto em  busca de todas as folhas soltas de meus idos outonos. Assim teimosamente iço as velas de minha permanente rebeldia e sem escolher melhores dias, ultrapassarei etapas e sem seguir quaisquer mapas, atiro agora a bússola da razão ao fundo de minha consciência e como navegante louco sem temer ondas violentas, soltando sangue e fogo pelas ventas, singrarei esses mares revoltos desse nosso amor que teimosamente permaneceu ultrapassando todas as tormentas, fazendo as quatro luas envelhecer as estações lentas, unindo apenas o tempo e a vida como seus únicos donos. Deixando para trás  todo o porvir risonho que em nossos corações primeiro se fez, essa doce saudade  que agora até já ousa se fazer revivida em renovados sonhos!
Lanzoner Navegante de Outono




Um comentário:

  1. Meu amigo poeta sinto-me honrada em poder te acompanhar por aqui. Obrigada pelo convite.
    Teus poemas, às vezes tristes, outras irônicos, tantas outras de puro amor e verdades preenchem meu dia, todos os dias.
    Grande beijo de quem te admira muito. Aninha Mello

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