Lanzoner Navegante de Outono
quinta-feira, 16 de março de 2017
AMOR CONSUMADO
Uma vontade louca de amar, uma suave música na vitrola a tocar, uma champanhe francesa a espera no balde a gelar. Um longo e doce beijo demorando em um forte abraçar, um encaixe perfeito de corpos de enlouquecer os anjos que pela sala estão a bailar, quem colabora e compactua é a linda noite da cheia, grande e colorida lua, iluminando a cama ainda vazia e já de brancos lençóis toda nua, onde cortinas entreabertas levam de nós o que de juízo poderia restar. Agora também já nossos corpos de todo o pudor despidos recebendo o frescor do aroma de amor em fruto maduro consentido, levam de vez nosso siso. Agora de olhos cerrados em murmurar dobrados, todos movimentos agora se fazem encantados. Cupido sela a porta apressado, apenas sussurros se fazem ouvir de um amor anunciado. Desnecessárias são agora as suas setas pois a porta do céu está entreaberta, para esse amor testemunhar. Ouvimos então das músicas as últimas notas e os anjos já não estão mais a bailar. Pois consumar o amor é preciso e toma posse de nós o momento da carícia em um final incontido encontrar. Afinal provisoriamente termina e ainda sentimos no corpo aflitivo, a fragrância divina deste amor permitido e que se fez deliciosamente preciso, é outono e apossam-se de nós as leves e perfumadas brisas do paraíso com folhas soltas a nos rodear. Mudado o cenário,já não há sala, mudaram-se os deuses só o amor se deita sobre nós em cansaço , resta em nós languidez no olhar e a promessa de uma outra noite uma nova champanhe e um outro balde de gelo a esperar.
Lanzoner Navegante de Outono
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gora de olhos cerrados em murmurar dobrados, todos movimentos agora se fazem encantados. Cupido sela a porta apressado, apenas sussurros se fazem ouvir de um amor anunciado
ResponderExcluirMaravilhoso poema apaixonante!
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