quarta-feira, 15 de março de 2017

A CUMPLICIDADE DO ESPELHO

Quero escancarada minha alma refletida da vida em mil espelhos, mostrem-me no todo, até estes olhos cansados e vermelhos deste pobre probo, que acha vil enganar. Seu amor nunca ficou intramuros nem trilhou caminhos obscuros, teve a fé a amparar-lhe e um coração aliado da boa emoção sempre puros. Nada me foi dado de mero favor, audaz guerreiro  em defesa do amor verdadeiro. Nada da vida a lamentar atos passados idos causados. Mostraram-me espelhos sempre ocultos por tapetes vermelhos estirados, para os amores que foram e serão o meu mais puro valor que quero desta vida levar atados. Amor, hoje queria ser teu espelho nesses dias onde pouco ou nada muda. Queria ser o reflexo de meu pensamento que ainda a tem tão bela e desnuda, aceito até que meu rosto mudas a cada nova sensação de entrega. Refletido esse doce momento de nós onde a soma de dois é só um que nos fita e a esse momento também em segredo se entrega. Polido em molduras móvel, imóvel fica, mas não nega a nenhum de nós que com olhos do amor incomum em sua frente se agita. Jamais se negou a guardar nosso doce amor em segredo e sempre ajudou a criar a cara da emoção de nossos sentimentos de amor, quando mais agudamente ao mundo ele grita. E lá fora como sempre nada muda. E a vida de alguns  continua  apressada e aos apelos do amor vai estritamente surda. Já, dentro do mágico espelho nada é ou parece diferente na frente ou em torno. Ali vai a verdade sem tempo e idades, passam temores, tristezas e realidades sem fazer curvas ou contornos. Mas sempre mostrando o reflexo do qual nos faz donos. Ficando apenas por nossa conta todas as imaginações e vaidades das verdades entre aspas do que somos. Agradeço então ao amigo espelho pelos conselhos que me deu Deus! Mas estes olhos pequenos meus só se enchem de verdades quando invado esses grandes olhos teus. 
Lanzoner Navegante de Outono



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