Quando entra em cena bela, aquela morena cor de canela, gingando sua delgada cintura, foi muito beneficiada por Deus a criatura! Avantajada em quadris de fantasia, quando por aqui passa, enche de alegria meu coração abalando-me a estrutura, abrindo todas as flores do meu pensamento em jardim e rapidamente povoam-se todos os bancos da nossa praça deixando a flor da alegria que estava deitada até brotar sem raiz e nas árvores ficam as frutas mais maduras pra mim. Impossível desviar meus aflitos olhos e isso hoje já me deixa sem graça. Parece que recebeu ordem militar para fazer-me essa adorável pirraça. Sabedora que sou acorrentado ao destino, de família sou arrimo e nesse seu quartel não posso mais me alistar e tampouco sentar praça. Ah! Mas eu me vingo um dia, encho-a de poesia mexo em sua fantasia e a deixo totalmente sem graça. Permito que entre então em meu sonho. Onde ela será minha porta-bandeira e eu serei seu melhor mestre-sala. E enquanto fala em mim aquele corpo em flor de mulata. Fica estampado em minha cara esse jeito de olhar de cão viralata.
Lanzoner Navegante de Outono
Boa noite poeta acompanho todas suas postagens aqui.
ResponderExcluirParabéns pelo capricho.
Sonia aparecida Volpi.
Boa tarde!
ResponderExcluirFiquei encantada com esse trabalho, lindíssimo. Continue assim sempre brincando com as letras e executando um belo trabalho!
Parabéns, ainda não conhecia o blog.
Beijos na alma!
Marcela