Lanzoner Navegante de Outono
segunda-feira, 20 de março de 2017
CHORO ESCONDIDO
A lágrima desassistida, nobremente caída de um choro escondido e descuidada, sempre teve maior valor pois não foi vista nem julgada! E por não saberem o seu real motivo jamais poderá ser comparada, se foi por alguém que se foi ou por não haver chegado alguém que se aguardava. Como pode então a criatura que sorri ou que chora ser meramente julgada. Venha chuva se misturar as lágrimas de quem chora e leve-as para onde for, sejam elas de perda ou mesmo de quem chora por amor. Não posso sorrir quando se vai um milionário de uma morte anunciada? Julgam por acaso que seus herdeiros não estão por dentro as gargalhadas. E porque não chorar no nascimento de uma pobre criança desamparada, se tenho plena certeza de que muitas pedras lhe serão postas, ao longo de sua caminhada! Deixem sempre este tipo de julgamento aos cuidados de Deus! Só ele sabe julgar a lágrima que cai oculta e longe dos olhos que a querem ver julgada. Quanto forem julgar, julguem as gargalhadas, quando o circo por vocês passar, apenas se realmente acharem que valeram, assim como anda valendo a vida que vivemos nesse reino e nessa enorme palhaçada que parte de nós nos metemos. Por isso tanto vale a lágrima vertida por uma paixão perdida, como vale aquela que cai por culpa de não haver reconhecido todo o encantamento de um amor verdadeiro.
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