sábado, 18 de março de 2017

AS ROSAS CORTADAS

São as rosas que ornam-me os versos e enfeitam-me as prosas, com as rosas muitas juras e provas, de esperanças que em mim renovas. Perfumas suavemente ares de alcovas, fazendo-nos lembrar dos amores trocados entre lençóis engomados em camas de arrumadeiras novas. Impregna-me o corpo o tênue odor que  transpiras que  estão a mostrar a felicidade que gozas, de um amor que reside neste meu peito e que tomas como teu em anseios. Fico então aqui a lembrar com saudades desses belos e doces lábios róseos pequenos,  mas se é pelo amor  assim que te espelhas, entregas a mim tuas frágeis rosas vermelhas! E embora um lamento venha bater a minha porta, dizendo que a flor depois de cortada em breve em um vaso qualquer estará morta e, se jeito não houver e for este o meu castigo, o que me importa! Esqueçamos então  as rosas, prefiro estar sempre contigo e do teu amor ter pelo menos um pouco, do que ter que conviver com a saudade dessa faca que meu corpo corta cicatrizando forte este ego já fortemente ferido deste poeta louco!     
Lanzoner das Brisas Leves de Outono




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