Lanzoner Navegante de Outono
quarta-feira, 15 de março de 2017
A ETERNA BUSCA DA POESIA PERFEITA E UM POEMA A ESPREITA
Se palavras fossem sangue a percorrer-me as veias em direção ao coração! E repentinamente estivesse a extinguir-me a vida e, em um esforço sublime elas estivessem procurando as rimas para uma canção! Seriam sonhos de poeta, usá-las em frases para que juntas formassem o poema, poesia ou canção perfeita, mas de nada adiantaria se não tivesse em mim a latejar o nome da musa de sonhos já eleita! És tu que navega minhas veias, que faz meu coração pulsar, és quem me faz viver, só você que me faz amar! Se um dia me deixar, simplesmente vou sangrar até esvair-se de mim toda a vida em inspiração que no coração de um poeta há de restar. A perfeição ainda não foi feita e nunca feita vai estar, pois sempre haverá um poeta louco com uma insatisfação tamanha que simplesmente fará uma outra que a esta ou a aquela irá suplantar. Sabe Deus que o motivo dessa imensa loucura é amor combustível principal de compositores, poetas, escritores, que sempre de forma natural o estarão a usar. E assim, mesmo que haja uma guerra entre amor e consciência, sempre restará de tudo uma breve e suave sanidade em essência. Assim serão apenas banalidades todos os outros sentimentos, pois em nenhum deles há assim tamanho envolvimento. É o poeta e o amor quem misturam tudo em processamento insano, quem dá asas ao vento que suavemente desliza chamando o respirar do poeta de brisa, quem põe as estrelas no azul do firmamento, quem dá o tom ás cores do pôr-do-sol e o realiza, quem dá o brilho a lua, é quem suspirando empurra os rios insinuantes ao mar, quem põe as espumas como em frasco de perfume um movimentado oceano! É por fim quem te remete em direção a quem deves amar no mais sublime ou sofrido encontro. E é ainda o poeta, que no estertor de seus devaneios, percebendo que o amor está a lhe deixar, deixa-o ir livre para novos caminhos achar, apenas para compor mais um breve e triste poema sofrendo em seus dilemas de noites vazias, sem sequer parar para lamentar, pois o poeta amou o passado, namora o presente e vive com o futuro a flertar, pois nele existem dois vícios, um é transformar o simples em beleza, mas o maior é simplesmente amar.
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