Lanzoner Navegante de Outono
quarta-feira, 15 de março de 2017
A BRUMA DA INCERTEZA
És um temporal, és uma incessante chuva de verão, sou apenas o alvo que deste louco coração persegues como feras seguem suas presas. És uma bruma de incertezas que turva-me os olhos iludindo do amor na minha melhor emoção. Mas passas por mim assim tão rápido como brisa, mas deixas no ar que respiro teu inebriante perfume que ao mesmo tempo me desperta e hipnotiza. É como te ter sem me pertencer e cada vez mais provar de gosto bom que de ti tenho tudo do que sinto. Estou certo de que te banhastes em fontes de águas claras de puras nascentes e assim feita em fragrância de odores pelas virgens mãos das lindas musas do Olimpo! Pois todo o meu pensamento tomas e do meu coração abusas, porque só eu vejo-te passar, porque somente eu posso enxergar teus passos e apenas eu sinto o perfume que usas. De dois nos fazemos um a caminhar lento sobre uma melodiosa sinfonia feita de pingos da chuva. E é nesse aroma que a terra desprende do chão que me prendes e é difícil explicar, se seriam apenas devaneios a satisfazer meus loucos anseios de assim te amar? Já nem sei se és fruto de minhas irreais quimeras a iludir minha mente e meu coração enganar. Sigo essas tuas pegadas tão presentes em meu pensamento e as seguirei até encontrar-te tão linda em meus mais doces e meigos apelos. Admirarei teu sinuoso caminhar e me deixarei encantar com o doce balanço desse delgado corpo e dessa dança que faz o vento em teus longos e macios cabelos. Só você põe este meu coração a vibrar e sonho abraçado a esse teu corpo esguio e de falar sereno, sorvendo beijos desses lábios macios, rubros e pequenos. Espelho então mais uma vez meus olhos neste lindo rosto delgado perfeito e trigueiro. Quero afinal como o mais hábil pintor, desenhá-la de corpo inteiro! Esse corpo que me enlouquece e já me deixou febril a passear em nossa estranha cama feita de doces sonhos em uma louca história. Talvez o melhor é ter-te em sonhos, do que crer na infeliz incerteza se hoje escondida em tua reclusa existência estes seus lindos olhos choram, ou desdenhas desse tolo que escondido, apenas sofre, te protege e te deixa assim guardada na memória!
Lanzoner Navegante de Outono
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