Lanzoner Navegante de Outono.
quarta-feira, 15 de março de 2017
A BELA E A AQUARELA
Porque janela e aquarela estão assim contra mim a conspirar, insistem em atirar em mim suas cores e rimas para que eu mostre quem não quero mostrar. Janela já andas em conluio com o vento, pensas-me incapaz de notar. Que mal acabo de fechar-te, lá vem ele a empurrar-te as folhas para que venhas a escancarar. E tu maleta de aquarela porque ou quem te põe novamente ao cavalete se sei que te acabei de guardar. O que por acaso querem-me mostrar? Como se meu coração também insistente, já não me dissesse, que quem minha mente não esquece, comanda-me o tato insistente pedindo que essa mão desobediente, tome a força esse pincel pungente e ponha-me aos olhos a lente, para que eu possa confirmar, que a mulher que mais amei na vida insiste em minha porta passar e que cada dia que passa mais bela a posso notar. Julgam vocês objetos inanimados que insistem em me desafiar, que já não estive tentado em reabrir esse meu coração contrariadamente selado, fechar a porta do passado, abrir uma fenda no tempo e para ela, tão bela, humildemente voltar. Pintaria eu então mil retratos, a espalharia em salas e quartos e onde pregos pudessem estar, para ter de fato a certeza de que deste meu pensamento ela, Isabella, jamais se fizesse ausentar.
Lanzoner Navegante de Outono.
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