Já se moviam em busca do brilho do astro-rei os girassóis e eu já pressentia sua ausência agora marcada e impregnada pelo perfume que deixavas em nossos já tão desarrumados lençóis. Procuro então ávido de ti e movido pelo pouco que a vida agora me ofertava, um bilhete uma palavra e nada encontrava. Procuro então nem que fosse no copo uma marca de seu batom e nada. Até sua foto de minha carteira você ousou retirar. E agora movido por desordenada emoção, procuro rimas pra minha canção e não consigo encontrar. Você se foi de mim sem aviso e tudo que te dei agora é o que mais preciso. Já não tenho teu olhar , teu sorriso. E agora já sem esse teu amor tão conciso, sinto que já chegou o inverno no coração desse poeta de portas abertas de outono, onde esse amor também entrou assim sem nenhum aviso e se foi sem dar a este escriba o merecido retorno do que criou em seu paraíso. O que fazer... Recomeçar! Pois quem tem amor para dar e o sonega, fica como quem sabe o que tem, mas perdeu o endereço da entrega! Ah, e se ela voltar agora? Ora! Ela sabe até onde a minha sombra mora!
Lanzoner Navegante de Outono
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