O orgulho um dia me fez abrir mão de tudo e aos bons sentimentos dizer adeus. Aquilo que meu coração queria, minha boca não obedeceu e então contrariando o que de fato desejava, apenas por orgulho ousei dizer adeus. O amor era imenso mas o orgulho, esse sentimento mudo, foi maior que minha voz e mesmo não querendo dizer, movido pelo sentimento mais vil, eu disse adeus. Adeus aos dias de passeio, as noites de amor juvenil onde nossas juras de amor eram brandas e brancas como jasmim, eu estava sempre presente em você e você ainda mais em mim. Você tirava-me a fome, a sede e assim perdia completamente o juízo, pois com você eu era sempre um menino enfim. Nem posso dizer hoje se já vivi um amor assim, pois quando me apaixonava sempre dava tudo de mim. Mas nós não éramos iguais a todos, éramos diferentes, Fomos almas, corações e mentes em uma mesma necessidade de viver sempre juntos, dissemos, até eternamente. Éramos jovens, cheios de vida e havia em nós a mais sublime fragrância de acreditar no valioso perfume da esperança. Meu Deus! Você era uma parte de valor inestimável de mim e eu disse adeus. E disse adeus no momento em que você mais precisava de meus carinhos e eu ainda mais dos teus. Era uma noite de verão em janeiro, uma oportuna chuva caiu, enfiei-me naquela torrente de águas e por horas caminhei sob a chuva que misturada com minhas lágrimas amargas da paixão deixada para trás amargamente me feria Quis voltar correndo e te pedir perdão, mas o orgulho maldito, mais o orgulho mais uma vez disse-me não. E foi assim naquela noite insone, que teimosamente meu coração batia rapidamente a repetir teu nome. Narinha, meu amor! Sempre foi ternura o teu sobrenome. Ainda a tenho na lembrança e hoje nesse peito onde um coração balança embalando ainda nossos sonhos e emoções, o que ficou em mim foram só minhas doces recordações.
Lanzoner Navegante de Outono
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