Quem dera ser louco, não sentir, não saber...
Quem dera ser mouco e nada entender
Quem dera a flor ousasse me ouvir
Quem dera os pássaros pudessem falar
Quem dera os males não pudessem ferir
Quem dera os enfermos não sentissem dor
Quem dera todos soubessem do amor
Quem dera em meu leito brotasse uma fonte
Quem dera mulher e homem não disputassem lugar
Quem dera o homem morresse ao matar.
Quem dera o amor se entendesse só no olhar
Quem dera o mundo não inventasse a cruz
Quem dera ungisse-me a fronte as mãos de Jesus!
Quem dera lágrimas tivessem sabor de fel,
na boca do mal do opressor cruel!
Quem me dera nada saber do amor... Quem me dera...
Quem me dera ser o que fui, o que sou, ou o que era.
Quem dera o outono se casasse com a primavera
Quem dera todo o amor sem dor, dominasse essa esfera!
Lanzoner Navegante de Outono
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