Inspiração não me faça inspirar, leva de mim essas tolas aspirações, jogue meus sonhos ao mar! Rima que minha mente cisma, não me faça ouvir tuas palavras, não mais quero elas juntar, a mágoa que carrego no peito não vai mais me atraiçoar. Agora serei constante como as ondas que o oceano empurra, mas que tornam pra ele voltar! Elas são como beijos dados pelo mar nas areias da praia, que em espumas devolvem-nas sem parar. Içarei velas de meu veleiro de sonhos, ajudado pelos meus serenos ventos de outonos, embarcarei nesse amor abraçado a doces abandonos para este mar de águas calmas atravessar, com destino a inabitada ilha que será ou não nosso paraíso de amar. O imprescindível irei levar, lonas para uma cabana, sementes para plantar, uma lente para o sol fazer o fogo avivar, Um bom e vigoroso facão onde lá construirei lanças para pescar! Pronto, dê-me a mão minha querida, estás pronta para embarcar? Diga-me agora sem titubear. Pois sem você meus sonhos me impedem de nos mares da felicidade novamente navegar, se meu apelo não aceitar, velejarei a deriva até que a solidão me faça em portos estrangeiros e desconhecidos atracar. Ali agarrado ao azul do mar tendo agora apenas como amor a nova lua a brilhar, contemplando a grandeza do firmamento irei apenas as estrelas me declarar.
Lanzoner Navegante de Outono
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