quarta-feira, 17 de maio de 2017

TEMPO TESTEMUNHADO

Tendo apenas como testemunha o meu próprio ego, sobre o qual sempre me impus; Foi apenas dormindo sob as verdades da vida  que meus olhos viram toda a pureza que havia em todos os momentos de luz! Ainda assim insistiu em residir em mim aquele jovem puro, romântico e triste. Que apenas no amor encontrava respondidas as suas ansiedades e  que quando amado, entregava-se de corpo e alma pois aquilo tudo que sentia esperava que quem o amasse, do mesmo sabor provasse e mansamente sentisse. Jamais seu coração deixou-o sequer imaginar maldades onde o amor existisse! Assim então, vivi onde os raios do sol encontravam reciprocidade, sob a beleza do  entardecer remetia-me aos tempos de refletir, sobre os encantamentos exagerados. De amores tão bem trocados em aprofundados sentir, que me fizessem  prejudicado na mocidade pela idade que estaria no futuro a me servir. Ou deixariam em mim apenas uma grande e justificada saudade que iria em mim residir. Mas tinha eu sempre a Lua, magnífica, imensa e nua, que me levava a sonhar e perguntar se ao romper do dia, se o acaso me faria encontrar no amor essa tal felicidade! Amor és dos sentimentos verdadeiramente o mais procurado. Tanto que as vezes penso que até já o encontrei, mas pelo tanto que sonhei, de passagem por ele passei e distraído nem  me apresentei ou sequer me fiz ser notado!
Lanzoner Navegante de Outono



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