As vezes encontramos em imagens toda a poesia que poeta algum jamais conseguiu encontrar, e mesmo que as encontrasse talvez em seus tempos de pouca inspiração, rimar, amar, luar, sonhar, sem dimensionar, a verdadeira beleza do encanto de todo o azul das águas do mar, arrebentando-se em espumas nas praias de muito luar, tendo como testemunha todo o firmamento em imensidão de estrelas, esperando um lindo casal de jovens apaixonados, selar de vez o amor em um longo e aconchegante beijar! Perdão mas não consigo parar! Elas, as palavras me perseguem! Talvez porque já não tenha mais a quem as entregar. Já se vão de mim longos anos, sou uma nau sem rumo hoje a deriva a navegar, escravo do meu pensamento. E quanto mais eu fujo, mas me aprofundo nesse mar adentro, não consigo mais meu norte encontrar. Elas vem e vão assim como melhor lhes aprouver. Ah Meu Deus como seria bom ficar sem palavras e bússola, perdido nos braços de uma doce e perfumada mulher. Que bom seria amar ao mar, agasalhados apenas pelo azul do céu em brisas de marear! Que seja assim se Deus quiser e quando outro outono chegar!
Lanzoner Navegante de Outono
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