Ainda guardo segredado em meu peito, as lágrimas que com meus beijos dos teus olhos eu tirei. Hoje uso o salgado sabor dessas lágrimas morenas, pra temperar toda a saudade de todo o grande amor que em ti deixei. Que falta imensa sinto desse teu sabor tão doce e puro, da menina moça que eu tanto amei. Abraçava esse teu corpo molhado e amorenado, que só um rei podia amar e eu fui rei. Ficava observando esses longos cabelos cacheados e molhados das águas deste amor de mar que eu naveguei. Um lindo pôr-do sol sempre surgia a contrastar, com toda a brejeirice linda e morena que vivia nesses olhos da cor da noite serena fazia de meu coração um condenado sem pena. Abraçado as lembranças dos abraços nesse corpo dourado, eu penso que estou em você que também em mim pensa. Não sei se nas lembranças de um diário, pois sempre fomos dois nessa história, morando em uma deliciosa paixão nesse frágil castelo de areia construído a beira-mar. Hoje observando cada onda deste mesmo mar que de mim se aproxima ainda insistente espero ver aqueles pungentes olhos negros no mesmo lugar. Sentado sobre aquelas mesmas pedras, testemunhas dos nossos longos beijos apaixonados, demorados a vagar. Te espero e é por eles que nunca desisti de te esperar. Sei também que atendendo a seus apelos e em seus sonhos o menino dos meus olhos vermelhos ainda deve morar. Porque nos meus pesadelos a sua ausência sempre estará. Onde andarão agora as meninas que nestes seus meigos olhos negros serenos, meus teimosos meninos de olhos pequenos, ousou um dia enfeitiçar. Te espero, te quero, nem que eu já não seja mais em você a certeza, venha e deixa apenas os meus olhos te namorar e em mim essa dúvida ficar, pra que mesmo o tempo passando assim veloz, ao menos na memória nosso amor pra sempre em minha história tendo a saudade como algoz continue a morar. E para firmar essa certeza, as marcas que deixo agora nas pedras, nem a força do mar vai apagar.
Lanzoner Navegante de Outono
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