Olhando esta tua foto e lendo a dedicatória que nela há, ainda sinto teu corpo em meus braços, minhas lembranças se apóiam nos teus delicados traços, que no calor desse corpo de amor febril, devolvias meus carinhos nesse nosso tempo tão primaveril. O resto do teu perfume que ficou no frasco de minha memória sutil, emprestei à velha alameda de ciprestes, onde minha doce saudade obriga-me por ali passar, para que fiquem eternizados em mim tempos que ambos gostaríamos que voltar pudesse. Amores e paixões iguais permanecerão enraizados na história de nós dois, cabendo-nos apenas lembrar, que tudo quando é demais dura o tempo que por Deus foi determinado durar, para que não se lamente jamais. Pois no doce cálice dessa paixão que nos embriagou talvez tenhamos exagerado, fazendo-o transbordar por havermos nos servido apenas de uma gota a mais.
Lanzoner Navegante de Outono
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