quarta-feira, 10 de maio de 2017

SONHOS DE UM GUERREIRO

Quando desce a escuridão e acomodam-se no céu estrelas e luar, embainhadas as espadas forjadas pela dioturna luta de haver nascido pobre e brasileiro, sem dotes de falsos sacerdotes a me ungir do dourado de herdeiro. Sempre fiel aos meus probos princípios,  fiando-me apenas em minha sombra como fiel escudeiro e em Jesus como protetor e de minha nau, único timoneiro, encosto a cabeça pesada em meu melhor conselheiro.  Adormecidos leais guerreiros, somos sempre tão jovens, somos tão fortes e ao mesmo tempo tão frágeis, pois eis que agora apenas uma tênue linha nos separa do que é real e o sonho. Agora pouco há entre o ser e ter, resta-nos apenas a doce magia de saber que, aqui somos capazes de todo o amor do mundo sentir sem perigo e no mais completo abandono. Ainda que a incerteza sempre se faça em nós tão presente só nos importamos com o amor que agora podemos ter. E se o acaso algo em nós mudar sem perceber. Já sabemos que  aquilo  que de fato nos aproxima da felicidade ideal sem querer... é acreditar que na fantasia que habita nossos bem aventurados sonhos, podemos ser o amor inesquecível de quem jamais conseguiremos esquecer. Como é doce poder amar, como é boa a vida de quem até acordado, ainda sonha por querer e tem histórias pra contar.  E assim noite e dia, logramos acreditar que nos aproximamos cada vez mais do futuro tangível e do nosso amor ideal. Voa livre meu amor,  mas não abandone meus sonhos até nosso eterno adormecer final.
Lanzoner Navegante de Outono



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