sábado, 22 de julho de 2017

VIDA, MÚSICA E AMOR

A vida é como o piano, difícil de carregar pelo tamanho e cada uma de suas teclas, além de uma nota musical são de nossos momentos um plano. Podem ser momentos de amor ou desengano, mas o pianista ao manejá-lo com maestria, nos traz lembranças, esperanças, saudades ou alegria. Um instrumento do amor o piano seria? Claro que sim a voz do povo diria, mas e a pequena e leve flauta doce, tocada com a mesma boca que beija, também não seria? E o vosso silêncio mulher, não seria talvez argumento para o poeta compor uma breve poesia? E o violão que às mãos do cantor que canta sem nenhum sentimento, por acaso lhes bastaria? E o casal apaixonado simplesmente responderia... O que vale na verdade é só o amor que se tem e fica e que sempre deve estar afinado e em plena sintonia. A insatisfeita, simplesmente reclama... Falas só de música e tão pouco de amor, porque seria? Lhe responde o escriba... Que bobagem... O amor nem de palavras de fato precisa e sim de duas bocas que se beijam de sentimento pra valer, mesmo que seja atrás de cortinas as escondidas ou mesmo à frente de todos, mesmo que de inveja outros corações se façam doer, enquanto o de vocês é só alegria... Mas e a lua? Ora a lua.. Já foi cruelmente invadida e já vai tão triste e nua, que precisa de todas as estrelas para iluminar a tristeza de tantos órfãos de amor que andam a perambular pelas noites vazias que freqüenta as casas ou até na rua e que nessa poesia musical, infelizmente pela falta de amor já não atua. Pobre do Cantor que tanto a louvava, hoje sequer olha pro céu. E o poeta ao final de tudo afinal, simplesmente diria... Por acaso  mesmo falando de amor com tristeza, não lhes pede o menestrel que tenham alegria e lhes põe na boca o mel?
Lanzoner Navegante de Outono



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