Na silenciosa mansidão da madrugada, construí uma estrada onde só eu posso caminhar, já sonho de olhos abertos, traço destinos incertos onde só eu posso chegar. Acaricio as estrelas, que não se atrevem ofuscar-me mais os olhos com seu intenso brilhar. Meu brilho as confronta e já deixa a lua tonta com o meu jeito de amar. Só me falta a companhia que ouse caminhar ao meu lado, delirar de amor libertado em brancos lençóis de ternura e na imensidão do destino, suportar todo carinho que tenho para ofertar. Que prometa não fazer promessa, que tenha nos olhos a verdade expressa e responda minhas perguntas apenas com seu olhar. Hoje vou nessa vida sem pressa como nuvem se movendo no céu, Não devo sequer promessa e ao dono do mundo não devo aluguel. Já não ando tão carregado em pecados e de tanto pedir perdão acho que de alguns já fui perdoado. Já não é tão pesado meu fardo, nem provo da vida de amargo pesar. Nunca fui homem de vícios, não enganei com artifícios no meu jeito comum de amar. Talvez sem intenção tenha encantado alguma com meu jeito de falar. Fica pois mulher que amo com essa lua que é minha e tua, as estrelas e também com todo meu céu. Beba então em minha boca todo o bem guardado mel. Começo então aqui um poema, terminar não é para mim nenhum problema. Quem chorou porque sofreu foi Madalena ao sentir de Jesus tanta pena ao vê-lo crucificado e ao léu. Mas ele hoje vive e reina sentado e já sem feridas em seu trono azul lá no céu.
Lanzoner Navegante de Outono
Nenhum comentário:
Postar um comentário