A inspiração do poeta à poesia é como flor do campo que germina na subida do barranco, nas montanhas, nas colinas e se espalha em belas palavras por toda a vida que há na campina. É como água pura e clara da nascente a formar riacho indo em pequeno veio d’água abaixo até um ribeirão formar. Dali em diante faz-se um rio que vai de longa distância como namorando a natureza que o margeia, até se espalhar pelo mar. Ah mar de amar, espelho que reflete o azul do céu onde moram estrelas e a grande lua que em favor aos casais apaixonados está sempre na maré baixa ou cheia a brilhar. Todo poeta sempre sabe como sua poesia começa e jamais como vai terminar. E até quem faz poesia de carreirinha, em poucas linhas pode aos seus leitores encantar. Basta uma frase bem feita que se encaixe em um coração que anda a espreita para fazê-lo se apaixonar. Mas de uma coisa todo poeta sabe de cor e jamais poderá negar... Sabe que pode escrever toda a vida sobre o amor, mas nunca o poderá ensinar. Só de saber que alguém gosta do que escreve com certeza já se anima. Amor é sentimento e sentimento não se ensina assim como o tempo, não para e tampouco se domina. Assim como o tato de quem costura sabe que pra cada casa há um botão, os amantes sabem o que e quem cabe de fato em seu coração. Aqueles que não aprenderem terão como companhia apenas a solidão.
Lanzoner Navegante de Outono
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