quinta-feira, 31 de agosto de 2017

CAMINHOS DA INSPIRAÇÃO

A inspiração do poeta à poesia é como flor do campo que germina na subida do barranco, nas montanhas, nas colinas e se espalha em belas palavras por toda a vida que há na campina. É como água pura e clara da nascente a formar riacho indo em pequeno veio d’água abaixo até um ribeirão formar. Dali em diante faz-se um rio que vai de longa distância como namorando a natureza que o margeia, até se espalhar pelo mar. Ah mar de amar, espelho que reflete o azul do céu onde moram estrelas e a grande lua que em favor aos casais apaixonados está sempre na maré baixa ou cheia a brilhar. Todo poeta sempre sabe como sua poesia começa e jamais como vai terminar. E até quem faz poesia de carreirinha, em poucas linhas pode aos seus leitores encantar. Basta uma frase bem feita que se encaixe em um coração que anda a espreita para fazê-lo se apaixonar. Mas de uma coisa todo poeta sabe de cor e jamais poderá negar... Sabe que pode escrever toda a vida sobre o amor, mas nunca o poderá ensinar. Só de saber que alguém gosta do que escreve com certeza já se anima. Amor é sentimento e sentimento não se ensina assim como o tempo, não para e tampouco se domina. Assim como o tato de quem costura sabe que pra cada casa há um botão, os amantes sabem o que e quem cabe de fato em seu coração. Aqueles que não aprenderem terão como companhia apenas a solidão.
Lanzoner Navegante de Outono



A POETISA E O MAR

Era noite de lua cheia, caminhava eu descalço a beira-mar sobre a areia. quando a vi observando o mar onde só as brancas espumas conseguiam seus pés alcançar. Vestia um branco quase transparente que chamou minha atenção. De silhueta perfeita talvez fosse ela a eleita do meu rebelde coração. Sempre soube que na vida a paixão pode ser apenas um traço, o amor uma linha inteira de imperfeição do juízo e o romance junta os dois sentimentos fazendo deles um livro ou talvez uma bela canção.. Seria ela a espera de minha quimera? Morena, média estatura, longos e negros encaracolados cabelos, a distância foi apenas o que podia notar... Quando de repente se virou e veio em minha direção, fez tremer em mim mais uma nova emoção. Só podia ser bela quem observava a beleza do mar à noite sob a luz do luar. Mas não poderia ser meu tal tesouro. Era eu um simples navegante de outono e quem não saberia que tal tesouro já tinha dono e ali estava ele o seu escolhido par. Mas o que estaria ela fazendo sozinha com olhar perdido ao mar... Seria ela apenas mais uma poetisa a procura de se inspirar? Se nos reencontramos... Sim e a sua revelação me deixou sem ar. Aquele que na noite passada a abraçara era seu pai e ela estava naquela noite completamente só sobre a vida a divagar, havia saído há pouco de um mal relacionamento que tinha que se acabar. Então ali, naquele mesmo lugar, ficamos os dois a divagar. E quando dois corações solitários se encontram já sabemos o que esperar. De repente um beijo e outro depois. Agora já não éramos um e uma, éramos dois a aproveitar da mais doce fortuna, o amor que completa que tudo conserta e aí a vida apenas flui e coaduna. Mas se num mal fadado dia ruir essa coluna, pelo menos um de nós há de se lembrar
Antonio Carlos dos Santos
Lanzoner Navegante de Outono.




SE DE REPENTE ESTRANHAS

Se de repente me vejo em teu olhos, sei que temes me amar, mas quando te vês nos meus sei que podes se amedrontar, pois neles guardo o perfume das flores e toda a força do mar. Se sou Navegante de Outono nos seus olhos irei navegar. Nas noites mais estranhas te darei beijos que te penetrarão as entranhas e assustada meu peito arranhas vivendo sonhos de se enamorar. Te darei momentos de felicidades tamanhas em noites que jamais esquecerás. Mas se notares esses olhos tão diferentes, posso te explicar. Com um de ti me enamoro, com o outro te faço se apaixonar. Mas se me abandonas sem resposta, se vira de costas e vai em outra direção.  Simplesmente se esquece que ainda carregas em tuas lembranças junto das minhas preso no livro da mente nas entrelinhas o meu sempre apaixonado coração. Mas um dia quando estiveres só, perceberás... Que não destes tempo para que eu te mostrasse toda a minha face e que minha rimas juntasse e te ofertasse  todo o meu carinho em uma poesia, um verso ou uma prece, tudo em uma única canção. Se essa oportunidade me davas, logo perceberias que esse sujeito exageradamente estranho que ao teu lado estava, seria quem te faria feliz te amaria e te deixaria perdidamente apaixonada. Mas se de repente resolveres voltar, então volte mas sem ter medo de mais nada. Estarei novamente na Praça da verdade de quem sonha ou na Alameda daqueles que do amor não temem nada, situados, à praça dos que nada estranham... Enquanto o amor faz sua jornada
Lanzoner Navegante de Outono




SOLDADO GALANTE

Fazia continência à vida o jovem soldado infante e também cumprimentava assim as garotas que no portão das armas passavam sempre galante. E o orgulhoso soldado com as mãos espalmadas de encontro a fronte, também de pescoço erguido contemplava  com garbo o seu horizonte. Embora jovem já conhecia alguns caminhos do amor, respeitava com carinho todas as mulheres, fazendo-se assim encantador e elegante. De repente passa por mim como visão enviada por Deus para o meu coração. Esguia, ereta, cabelos negros, lábios pequenos, sorriso farto e meu coração acerta no ato. A timidez me toma e nada te digo, te mando recado por um amigo de igual gosto, não posso abandonar meu posto. Olhando para trás aceitas meu convite me dás teu melhor sorriso, Senhor já tão cedo conhecendo o paraíso? Passam-se os dias e chega o grande dia afinal. Te encontro ainda mais linda com um sorriso lindo nesse rosto tão jovial. Te dei a mão, beijei teu rosto de um jeito tímido e tão formal, já tu me beijaste na boca, retribui levemente, que doce sabor, beijei mais demorado... Sensacional! Passeamos de mãos dadas até a uma praça chegar. Sentamos na praça falamos de nossas vidas, tudo ainda era tão formal. De repente novamente nos beijamos longamente e nada poderia ser melhor do que aquele momento e eu queria estar exatamente ali, com ela e naquele local. De repente chega um homem e pede para que ela se afaste de mim e ela se afasta, não aceito o homem põe a mão em meu peito e diz  com voz bruta: Com minha filha não seu recruta. Ela era filha de um oficial.  Lembro que antes disso tudo, ela de repente me pergunta: Você casaria comigo agora e eu lhe respondo; Onde está essa igreja, vamos marcar dia e hora. Ela sorriu, me beijou. Só depois descobri que ela juntamente com o brusco do pai e família se mudariam para outro estado e até hoje ainda acho que ela queria mesmo fugir dos pais sem demora. Só hoje passados tantos anos uma certeza me devora: A vida é mesmo escrava do tempo, a saudade a sua devotada senhora e as recordações as feras que nos devoram!
Lanzoner Navegante de Outono




FOI ASSIM NOSSO ROMANCE

E assim foi nosso amor, fazendo até o sol suar de tanto calor, mesmo que fosse dentro do lindo mar azul ou caminhando ao redor, vendo as espumas na areia a se esparramar como se nelas houvesse estupor ou como fosse champanhe cara a brindar, era esse nosso jeito jovem e louco de amar. E depois do pôr do sol a avermelhar esperamos a noite de lua cheia chegar, para ver uma estrela cadente passar e um único desejo a cantar, que esse momento iria em nós sempre ficar. E para que o nosso amor tivesse alcance, de um dia se transformar em romance e nossa vida fosse colorida com nossas próprias nuances e que nada pudesse mudar. E assim foi como deveria ser, entre breves e longos beijos como se houvesse só a nossa vida por viver. Pra nós o dia só terminava ao amanhecer e o hoje começava ao anoitecer. Para nós o amanhã ainda não seria importante, éramos um casal jovem e galante e não havia nada a temer. Jamais fizemos planos, apenas amamos. Nunca quis saber do seu passado e tampouco ela do meu. Nosso amor era um grande jardim, eram só nossos a rosa a orquídea e o jasmim. Eu dava todo o meu perfume a ela e ela espargia suavemente o dela em mim. Vivíamos encantados com nossos bem delineados dotes que a juventude e de graça nos forneceu. Acho até que fui hipnotizado pelo seu jeito delicado e movimentos sensuais. Se pudesse a beijaria até não respirar mais. Mas um dia percebemos que o tempo não parou e todo o cenário do espetáculo de nossa vida mudou, alguma coisa aconteceu. O sol não raiou, não entardeceu a lua se escondeu. Nós ainda estávamos juntos, mas o sonho como todo sonho infelizmente nesse dia esvaneceu. Não quis aceitar me revoltei, mas por fim me dei conta que a lembrança foi o melhor dote que Deus nos deu.
Lanzoner Navegante de Outono




segunda-feira, 28 de agosto de 2017

SE PERDER PRA SE ENCONTRAR

Solidão, porta entreaberta deixada propositadamente pelo amor, para dar uma chance ao romance de entrar e esse vazio alcançar.  Solidão que não tem cura, solidão de quem a teme, solidão de quem a procura. Solidão que tange a lâmina que fere rente mas cura. A solidão a mim não fere e tampouco tortura, sou escudeiro do criador e não da criatura. Firmemente então nos descaminhos da ilusão jamais me perdoarei se me perder por completo. Escudeiro que fui do amor, da ternura e fiel aos mandamentos que jurei perante o pai maior em um momento que um grande amor em mim cabia, não me deixe jamais ficar só nem ao menos um dia. Tu que és dono do bem maior e legítimo dono de toda essa estrutura, cubra-me com teu manto, sem arma alguma nas mãos, senão minhas palavras e as tuas, e nada vencerá a minha inexorável armadura. Que sejam sempre solidão de almas leves a suplantar gente de alma dura. Rogo então ao criador, que na árvore da vida seja em que tempo for, haja sempre ao meu dispor uma fruta farta e madura. E se eu enlouquecer que seja ela a minha única cura. Te suplico então mulher de bom coração que faz do seu lar uma cela, liberta-te dessa ilusória prisão alce vôo como pássaro a escapar da gaiola e vem viver a vida agora. Vamos viver jovens, vamos sonhar jovens, vamos envelhecer jovens, vamos viver a vida sem pensar nela, vamos vivê-la sempre bela. Solidão de fato só existe pra quem se agarra a ela. Na verdade a vida não é apenas um filme comum é um clássico de sonhos e aventuras, ou um sonho de liberdade a passar diuturnamente pela nossa janela.
Lanzoner Navegante de Outono




quarta-feira, 23 de agosto de 2017

SOLIDÃO TEM CURA!

Solidão, vício interminável da alma, as vezes dói, em certos momentos até alguma esperança constrói em muros intermináveis alheios a percepção dos mais audazes irmãos siameses. Residindo até por opção no coração dos indecifráveis monges chineses. É uma planta que desistiu de florir na primavera de emoção ou uma flor do campo que descobriu não ser rosa, adormecida em campos de lavanda e percebeu que tudo era apenas uma mera ilusão. A solidão é uma linda mulher que se perdeu na madrugada insone, imprecisa como toda a indecisão que a consome, ou é o homem maduro que a mesma mulher procura e não sabe como a achar. Que seja terna e passageira essa quimera e quem me dera se ela nos deixasse na esquina dos sentimentos onde o amor sempre nos espera É uma velha árvore onde uma insólita gota de chuva teimosamente se prende em suas folhas e reluta cair ao chão, vivendo breve como prisioneira, em sua sólida cela de uma fria sombra de verão. Estará noturna, quebrando o silêncio no ranger de uma porta ou cancela, está no rugir do relógio da sala de espera, da palavra pensada e não dita aprisionada em abandono, do silêncio do poeta ao deslizar à pena, rimas da necessidade que o amor em seu coração grita. Vai na escrita a sua necessidade premente de levar à outros, na cura  da ausência do que se foi, mesmo quando ainda do poder de uma paixão premeditada, ser único dono de um amor ainda acredita. A solidão nada mais é que a ultima fase de um amor não correspondido, é a presa fácil da ignorância dos aflitos ou na soberba de se achar dono de tudo e não possuir nada. Solidão tem passo leve, solidão também tem alma pura, pode nascer criança mas se prende a gente madura. Para ela há apenas um só remédio e uma única cura. Encontrar em outros caminhos, quem  preencha o vazio que um coração chama e que uma alma procura.
Lanzoner Navegante de Outono




sábado, 12 de agosto de 2017

CAVALGANDO MEU PC.

Vamos Navegante, eu sou seu PC e em qualquer situação estarei com você. Vamos Navegante eu sou seu negro corcel e com suas palavras te levo até o céu. Vamos Navegante eu sou sua nau, desfralde suas velas e me navegue, sou seus segredos, conheço seus medos e suas palavras sejam quais forem prometo guardar. Vamos Navegante eu sou seu negro corcel, sou sua nau, és tu quem comandas, vamos viajar a procura da mulher de lábios de mel. Vá colorir o mundo dela e o teu, leva rubor aquela linda e alva criatura, mostre a ela como pode sua alma ser igualmente pura. Seja como sempre fostes e com a certeza que Deus te deu... Nesse mundo, todo chão que pisas também é teu. Vamos esqueça este link, peça aquele anjo que nos sirva um drink. Deita tuas verdades vivendo seus sonhos, nesse mundo sem donos onde Jesus nasceu. Sempre fostes sem eiras nem beiras, pois se Deus o criou foi sem fronteiras. Tu sabes que assim como as águas dos rios chegam sempre ao mar, tuas palavras embaladas em folhas soltas de outono vão te acompanhar. Teu amigo vento há de desfraldar as velas de teu pensamento e assim para belas plagas o manso oceano haverá de aos braços da pálida mulher que amas, calmamente te levar.
Lanzoner Navegante de Outono~






segunda-feira, 7 de agosto de 2017

TEATRO DE REPETIDO ESPETÁCULO

E todos indagam curiosos ao poeta, que propositadamente sempre deixa uma porta a mais aberta. Onde achas tua inspiração? Sofres de fato essa solidão? És feliz? Ele amavelmente sempre diz: O que é a felicidade, me diga!  Nem sempre aquele que sorri esta de fato feliz. O poeta sente tudo diferente, ele ama suas lembranças fervorosamente. Para ele nenhum amor jamais morreu, apenas achou uma fenda no tempo e ali adormeceu. Foi feliz ao ter a sorte de ter seu amor nos braços, ao sentir seu aroma, entregava-se aos sonhos ao recitar-lhe seus traços. Teceu-os a essa boca pequena de onde provou tanto amor que aquele delgado corpo irradiava, mesmo após um imenso mergulho em um viver de delícias do a mar de profundezas e depois surgir numa emersão sem cansaço com todo o prazer das delicadezas. Feliz é quem lembra de tudo na vida. Da infância traquinas e da juventude timidamente atrevida. Que sabe de suas verdades e dela jamais fez alarde e seus segredos os tem bem guardados em seu inviolável receptáculo. E quando lhe atingir feroz a anosidade, não a lamentará, pois se saber vive-la é uma arte, será ele o protagonista, artista desse vida, que nada mais é que um teatro de repetido espetáculo. E se o amor tem nessa peça sempre  o maior espaço, ele avança no tempo sem temor de fracasso, pois recordar bons momentos é aquilo que ele faz de melhor. Sempre esperando um novo sonho pelo caminho ele avança sem cansaço, pois em cada passo, pode haver uma nova e bela visão de uma linda flor na sua natureza e nela pode haver um novo traço, um abraço, ou um novo amor.
Lanzoner Navegante de Outono



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

NAQUELES MOMENTOS VAZIOS

De vez em quando naqueles momentos vazios onde mora a solidão, sentado à margem do tempo com os pés mergulhados no manso ribeirão, tento escapar da minha desesperança, me bate uma saudade dos meus tempos de criança, me desligo do silêncio e me entrego a saudade que em minha mente avança. Caminho até a velha praça, onde mora a mesma velha árvore  onde pendurávamos a corda e fazíamos a nossa balança. Ainda estão lá  riscados pelo velho canivete entre um coração dividido por uma seta o teu nome e o meu, fato que ainda mais tua lembrança me acerta. Fecho bem os olhos e em minha fértil imaginação, sonho que atrás daquela árvore ainda existe pra nós uma porta aberta. Sempre foi meu melhor defeito caminhar ao lado do intangível e acreditar que quando por amor a gente erra, o tempo generosamente tudo conserta. Só quem tem o dom de perceber na vida o que é bom e bonito, pode planejar atravessar mares e na altura do céu azul, construir uma longa ponte, alicerçada só de amor em direção ao infinito. Pois para quem ama tudo é tangível e não há em nenhum contexto a palavra impossível vai estar. E se foi tão doce o mel que dessa vida provei e sempre nos amamos até nos fartar, como poderia esse pobre amante covardemente lamentar. Pois ainda sei que sempre será minha a primeira folha de outono a se soltar, sei que mesmo quando não o vejo pela manhã, entre as nuvens o sol vai estar. Quero ver a primeira gota de orvalho do sereno da madrugada da ponta da folha da árvore se soltar e a minha boca encontrar como se fosse um beijo teu querendo a minha sede testar. E quando existe verdade na saudade, dou graças a vida, pois enquanto viver em mim essa sua falta, sempre direi... Ainda bem, vou mais uma vez dela lembrar! 
Lanzoner Navegante de Outono



quinta-feira, 3 de agosto de 2017

MISTÉRIOS DOS AMANTES

O amor é como uma obra de arte rara que jamais poderá ser falsificada. Existem nele detalhes escondidos que só alguém dono fiel de sentimentos, possui o poder de perceber a autenticidade dos seus traços e procedência da nobreza de magnífica moldura, onde toda beleza dos entalhes que só o artista mor soube onde aprisionar o momento maior de todos os humanos sentimentos do  agora e do antes desse amor de errantes igual a todo amor de alma pura, amor de um casal que se ama com tamanha grandeza que não merece censura. Por mais mistérios que existam no mundo ou até onde o nosso conhecimento alcance, nada é mais sutil e intimo que o olhar certeiro de um apaixonado amante. Por pouco que seja o tempo que esse momento da vida passe, nada terá tamanha intensidade como essa promessa de um romance que ali todo dia renasce. Ele sempre vinha com a galhardia e a fúria dos infantes e tornava a vida daquela mulher tão mais bela, como se fosse a donzela o mais bem lapidado diamante. Mas quando demasiadamente apaixonado vai o poeta rasgar seus escritos com pesar, não julga apropriado o amor que sente e assim descrente, julga não estar a altura de quem seu coração está a amar. Mas quão tolo és escriba, por assim pensar. A mulher quando ama poucas palavras lhe devem bastar. Apenas um ... Eu te amo, é como uma ode inteira para quem de fato sente aquilo que escreve e ama sem cessar. Hoje devo reconhecer que já fui feliz e em plena liberdade nada mais me afronta. A própria vida as vezes nos faz pagar penas que mal percebemos a conta. Mas até dela própria já recebi total indulto, pois embora tenha amado tanto aquela mulher, meus pensamentos ainda a vêem hoje como em um doce passado mesmo sendo apenas mais um vulto.
Lanzoner Navegante de Outono






VIVER O AMOR

Viver  o mesmo amor por longo tempo é ter um único nome no pensamento, é ter todas as lembranças a toda hora e a qualquer momento. É como viver ao lado de uma única mulher várias vidas. Mas sempre sabendo que mulheres assim, jamais deixarão de lado o desejo de serem surpreendidas. Seja com flores, jóias ou até mesmo gestos, palavras ou qualquer  outra prova de amor que as façam sentir mais vivas. Até um simples passear de mãos dadas nas mais movimentadas avenidas. Ou até um suave toque de lábios precedido de um eu te amo ao ir para o trabalho na despedida, pode fazer com que essa seja para ela a sensação mais docemente sentida. O homem que for capaz de satisfazê-las em suas mais simples aspirações exprimidas, receberá no amor em troca... O próprio paraíso em vida!
Lanzoner Navegante de Outono