quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O MENINO DE NADA ESQUECE

Certo estava ele, menino que viveu aflito, sem guardar no peito o desejo de proferir sequer um grito. E que embora dos velhos costumes quisesse sempre ser igual. Dos contos e das lendas não tinha medos, sequer conheceu o Natal, pois por ele passou sem ganhar brinquedos. Sua mente inventiva criava ilusões e delas fazia vidas e as outras encantava com suas brincadeiras. E foi assim brincando de ser gente adulta que ele  cresceu isento de culpas vivendo de brincar e brincando de viver verdades a ninguém enganava e assim se fez sempre amar. Seu amor feito de sonhos também tinha asas e sobrevoando encantamentos fazia todo amor semear. Seus pueris amores viveu até se fartar, jamais deixou em sua juventude quaisquer pontas à aparar. Hoje homem feito, ainda carrega muito amor no peito, mas já sabe que com amor já não se pode brincar mais e apenas carrega em si um lamento... O de não poder voltar no tempo, voltando como menino e quem deixou de amar ou amou, agora com o coração de homem que não mais ousa sonhar... amar muito mais e agradecer quem o amou com um longo beijo e apenas dizer: Obrigado por me amar! E hoje onde todos vão caminhando procurando Deus nessa escuridão de desamor sem notar, apenas ao tempo pede perdão... Perdoa-me tempo pelos momentos em que de ti pouco provei e simplesmente nem te vi passar. 
Lanzoner Navegante de Outono




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