terça-feira, 5 de setembro de 2017

DOCE SETEMBRO

Era setembro, setembro da melhor primavera de todas e uma de que ainda me lembro. Como era doce e incomum aquela rotina de caminhar tendo ao lado aquela especial e diferente mulher menina. Ela foi a flor mais bela a encantar minhas retinas. Eram dias de um encantamento cheio de mistérios que me conquistava. Ela era uma mistura de tudo aquilo que eu mais gostava. Era mansa e inteligente ao falar, arisca e difícil de se dominar, todas as normas era ela quem queria ditar. Mas nos momentos de romance se entregava tão meiga e serena que era impossível desse mundo comum não me desligar. Nossos momentos de amor eram tão cheios de ternura, que até caminhar descalços ao cair da noite a beira-mar era aventura. Banhos de chuva eram brandura para nosso calor amainar, A lua junto a uma platéia de estrelas vinha nos observar. Nós éramos diferentes sempre procurando um jeito novo de amar. Nossos beijos demorados começavam leves e mordiscados, como se estivéssemos a melhor guloseima a provar. Encantava-me o seu jeito de me olhar e sempre a fazia sorrir para melhor me apaixonar. Tudo nela me atraia, seu corpo tenro e esguio fazia lindo tudo que a vestia. Seu perfume com o meu combinava  e seu hálito em minha boca permanecia por horas depois de a beijar. Era ela a rainha e eu o seu reino, posto que me dominava. Mas em uma noite de amor depois de um magnífico dia enquanto eu pensava quais as cores da flor que em meu jardim floria... Simplesmente me pediu pra partir porque ela também partiria. E por ser assim tão incomum até naquilo que sempre se diz, com lindos olhos mareados, depois de um longo beijo me disse apressada: Como pode haver final feliz em uma história de amor acabada. Nunca mais a vi e nem dei nossa história como encerrada e agora já sei que... Nem tudo pode ser perfeito, mas as lembranças de amor podem ser lindas pra sempre. Amor e paixão, são como poesias e nunca se perdem com a idade, pois quando elas terminam dão lugar a um outro sentimento que todos chamam de saudade. De que adiantam finais felizes se assim como nós eles não podem durar pra sempre. A realidade é que há muito tempo não existem mais contos de fadas. E sempre que chega a primavera, dela me lembro e ainda sinto o seu gosto e o perfume daquele doce setembro. E o quanto fui feliz naquela minha melhor quimera, que  até acho até que ela é um dos anjos que estarão a me cuidar...  Em algum outro lugar ou em alguma outra  primavera. 
Lanzoner Navegante de Outono 




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