quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O SABER NÃO POSSUIR NADA

Cavalguei o enlouquecido alazão de meus sentimentos, que disparava já sem freios e eu perdido de mim em inúteis devaneios. Fui tomado por inexplicável fúria louca domei a cavalgadura no açoite. Enfeitiçado pela lembrança de ti, beijei a a luz da lua a saborosa boca da noite. Adormeci no dorso da madrugada, pois  esvaziada, a ira já não me tomava. Amanheceu raiou o rei sol, estava só a luz do dia e apenas minha fiel sombra me seguia. Veio o senhor dos ventos e este apenas o nome de minha amada repetia. Encontrei-me então com o espelho da verdade e vi o reflexo que ele tinha à mostrar... Eu ainda era o pobre pobro que achava ser vil, aos outros enganar. Minha amada, além do amor nada mais queria e assim todo meu amor lhe ofertar era só o que eu podia. Mas eu tinha tanto disso e deixava emoções transparecer, que a vi no final da caminhada, feliz  de tanto amor a enriquecer, que eu a deixei com medo de a a vida de rei da minha liberdade, um dia perder e então sofrer. Sempre tinha muito a dizer, mas dessa vez não disse nada. Hoje, só e escravo de minha tristeza, apesar de boas lembranças para trás deixadas, sigo sem lamentar nada. Faço companhia a minha sombra ao sabor dos reflexos da lua em insones madrugadas e apesar de ser o único dono apenas de minhas reflexões que faço de vividas emoções, sei que sempre valerá a pena lembrar da mulher amada.
Lanzoner Navegante de Outono




Nenhum comentário:

Postar um comentário