Naquela noite barulhenta de junho na quermesse, jamais sonhei que de fronte a igreja a mulher dos meus sonhos estivesse. Aquele jeito único de olhar tudo, como se tudo a admirasse. Pedi então força ao santo padroeiro para que perto dela eu primeiro chegasse. E assim se sucedeu. Poucas palavras trocamos e rapidamente um longo, largo, leve e delicioso beijo trocamos. Fogos espoucavam no ar como se estivessem a nos brindar. Embriagado pelo doce sabor de tal cálice de mistério já na madrugada que voava rápida em direção ao amanhã, beijei-a novamente para trocar de boca a minha bala de hortelã. Marcamos encontro para a tarde de domingo. Então o domingo chegou e fiquei a espera, mas ela mandou um bilhete pela irmã que era a mais linda flor de primavera de face corada como romã. Mandei de volta um recado: Não posso mais ser seu namorado, pois acabo de beijar tua irmã e quero que saibas que prefiro o beijo dela pois quero provar novamente essa fruta do paraíso, doce maçã. Isso é para que aprendas que não deve-se beijar hoje, quem não queres ver amanhã. Só me bastava da vida esse pouco... Oque dizer de um beijo, senão uma segunda opinião, provando outro. Desculpem mas não venho mais a essa praça... Pois acho que na verdade o que vocês queriam era me deixar louco. Adoro o sabor desse doce e até mudaria de idéia, se louco já não fosse.
Lanzoner Navegante de Outono
São lindos seus poemas
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