quinta-feira, 12 de outubro de 2017

AS LÁGRIMAS DE ABRIL

Foi em meio as tuas lágrimas derramadas no verão de abril, que enxugadas pelas minhas palavras amenas, fizeram despertar em ti um breve sorriso que a muito o havias escondido do dono apenas e que suavemente me oferecestes em um doce outono de brisas serenas. Fiz sanadas, desmedidas mágoas, como nascentes de águas barradas, mas restaram em mim lagos inertes e inabitados de amor. Estou agora sempre a tua espera quando brota a primeira flor na primavera. Nada muda no amor que se procura, se deseja, se sonha, se espera e na esperança muito se desespera. Então surge um novo amor, um novo verão, um novo outono, um novo inverno e uma nova, florida e desejada primavera. Nada pode deter o amor. Ainda não descobriram que o amor é uma energia, que a distância, a ausência, diferenças, preconceitos e crenças, não a podem deter, nem seu curso mudar. Surge forte a cachoeira, desce volumosa a ribanceira espalha-se primeiro em lago claro, raso ou profundo, eis que o amor é uma das grandiosas belezas espalhadas pelo mundo. Segue então como rio sua  outra vertente, percorre quilômetros para se entregar como se entrega todo o amor ao oceano finalmente. Amor é uma conexão própria, sem fios e sem sinal, ela atravessa muros, fronteiras, sua sintonia é total. Eu apenas agradeço e digo:  Abençoado seja você hoje e para sempre neste meu mundo virtual!
Lanzoner Navegante de Outono




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