Foi em meio as tuas lágrimas derramadas no verão de abril, que enxugadas pelas minhas palavras amenas, fizeram despertar em ti um breve sorriso que a muito o havias escondido do dono apenas e que suavemente me oferecestes em um doce outono de brisas serenas. Fiz sanadas, desmedidas mágoas, como nascentes de águas barradas, mas restaram em mim lagos inertes e inabitados de amor. Estou agora sempre a tua espera quando brota a primeira flor na primavera. Nada muda no amor que se procura, se deseja, se sonha, se espera e na esperança muito se desespera. Então surge um novo amor, um novo verão, um novo outono, um novo inverno e uma nova, florida e desejada primavera. Nada pode deter o amor. Ainda não descobriram que o amor é uma energia, que a distância, a ausência, diferenças, preconceitos e crenças, não a podem deter, nem seu curso mudar. Surge forte a cachoeira, desce volumosa a ribanceira espalha-se primeiro em lago claro, raso ou profundo, eis que o amor é uma das grandiosas belezas espalhadas pelo mundo. Segue então como rio sua outra vertente, percorre quilômetros para se entregar como se entrega todo o amor ao oceano finalmente. Amor é uma conexão própria, sem fios e sem sinal, ela atravessa muros, fronteiras, sua sintonia é total. Eu apenas agradeço e digo: Abençoado seja você hoje e para sempre neste meu mundo virtual!
Lanzoner Navegante de Outono